Os fãs de K-pop foram surpreendidos por recentes desenvolvimentos envolvendo o popular grupo feminino FIFTY FIFTY. Segundo um relatório da SBS divulgado em 5 de julho, os membros do grupo registraram marcas comerciais tanto para o nome do grupo como para seus nomes artísticos.
No dia 19 de junho, foram registrados os direitos de marca para o nome do grupo ‘FIFTY FIFTY’ e para os nomes dos membros Aran (Jung Eun Ah), Kina (Song Ja Kyung), Saena (Jung Se Hyun) e Sio (Jung Ji Ho). Essa movimentação surpreendeu a agência ATTRAKT, responsável pelo FIFTY FIFTY, que afirmou não ter conhecimento prévio desses registros individuais.
Em uma entrevista à OSEN em 5 de julho, a ATTRAKT declarou que “não tinha absolutamente nenhum conhecimento de que os membros haviam registrado direitos de marcas individuais. Ficamos sabendo disso por meio de um artigo”. A gravadora disse estar avaliando a situação e os impactos desse registro para o nome do grupo.
Essa revelação ocorre em meio a uma batalha legal entre o FIFTY FIFTY e a ATTRAKT. Em 19 de junho, os quatro membros do grupo (Saena, Kina, Aran e Sio) entraram com um pedido de liminar no Tribunal Distrital Central de Seul para suspender a validade de seus contratos exclusivos com a agência. Os membros alegaram descumprimento de obrigações contratuais, falta de transparência e imposição de condições desfavoráveis, mesmo diante de problemas de saúde que afetaram suas performances.
No primeiro julgamento, ocorrido em 5 de julho, representantes legais do FIFTY FIFTY e da ATTRAKT apresentaram seus argumentos. A agência afirmou que os membros do grupo consentiram e assinaram contratos exclusivos com a Star Crew ENT, negando qualquer quebra de confiança. Já os membros destacaram a falta de transparência em relação aos acordos financeiros e a perda de confiança na agência.
A polêmica envolvendo o produtor Ahn Sung Il e os direitos autorais da música “Cupid” do FIFTY FIFTY também ganhou novos contornos com a investigação em andamento realizada pela Dispatch. O veículo de notícias revelou que Ahn Sung Il, em conluio com a ATTRAKT, teria usado o dinheiro da gravadora para “comprar” os direitos autorais da música de sucesso.
Segundo as descobertas da Dispatch, Ahn Sung Il teria adquirido inicialmente a música “Cupid” de três estudantes de uma escola de música na Suécia: Adam Von Mentzer, Mac Fellnder-Tsai e Louise Udin. Porém, sem dar crédito aos compositores originais, Ahn Sung Il e The Givers afirmaram possuir 99,5% dos direitos autorais da música, de acordo com os registros atuais da Korea Music Copyright Association.
Agora, em 6 de julho, a Dispatch divulgou uma gravação de uma ligação telefônica entre o CEO Jeon Hong Joon da ATTRAKT e Ahn Sung Il, na qual discutem a investigação em andamento sobre a aquisição da música. Durante a conversa, Jeon Hong Joon menciona ter sido questionado sobre a compra da música do exterior e relata que a Korea Music Copyright Association está investigando a veracidade dessa informação.
Segundo a Dispatch, a ATTRAKT teria pago cerca de US$ 9.000 aos “compositores estrangeiros” de “Cupid” antes do lançamento da música. No entanto, The Givers afirma que esse pagamento era, na verdade, uma taxa para obter direitos conexos, relacionados à execução pública da música, e não para aquisição dos direitos autorais. De acordo com The Givers, eles legalmente obtiveram todos os direitos autorais da música por meio de um contrato de transferência de direitos, mas esse contrato não foi realizado com dinheiro da ATTRAKT. Assim, a ATTRAKT não possui nenhum direito de propriedade intelectual sobre “Cupid”, e The Givers não podem ser responsabilizados por não listar os compositores estrangeiros originais.
A Dispatch está em busca de confirmar as reivindicações feitas por The Givers, entrando em contato com os compositores originais da música. Membros da Korea Music Copyright Association expressaram suas suspeitas de que Ahn Sung Il teria utilizado artifícios questionáveis para apropriação dos direitos autorais de “Cupid” para si mesmo.
Enquanto a batalha legal continua, os fãs aguardam ansiosamente por mais desenvolvimentos nesse caso, que promete abalar a indústria musical e colocar em foco a importância dos direitos das marcas e a proteção dos artistas.
Fonte AllKpop e Dispatch | Reprodução Internet