Um estudo revela que a Coreia do Sul é o país mais atingido por crimes sexuais envolvendo deepfake, com cantores e atores coreanos liderando a lista de vítimas.
A Coreia do Sul se destaca de maneira preocupante em um recente relatório divulgado pelo The Wall Street Journal (WSJ) em 28 de agosto, que aponta o país como o mais vulnerável a crimes sexuais envolvendo deepfake. O “Relatório de Status de Deepfake 2023”, publicado pela empresa de cibersegurança Security Hero, analisou 95.820 vídeos de sites pornográficos e 85 canais de deepfake em plataformas de compartilhamento de vídeos, revelando que 53% das vítimas eram celebridades coreanas, incluindo cantores e atores.
O relatório destacou que a maioria das vítimas de deepfake são mulheres, especialmente do setor de entretenimento, com 99% dos casos envolvendo figuras femininas. Os dados alarmantes mostram que oito dos dez indivíduos mais visados em deepfakes são cantores sul-coreanos, com uma das vítimas aparecendo em impressionantes 1.595 vídeos, que acumularam 5,61 milhões de visualizações.
Além disso, o relatório levanta preocupações sobre o perfil dos agressores, muitos dos quais são adolescentes. O Ministério da Educação da Coreia do Sul está considerando penalidades severas para infratores a partir de 10 anos de idade. Telegram, um dos principais meios de disseminação desses conteúdos, também foi alvo de críticas, apesar de seus esforços para combater o problema. Mesmo assim, com uma equipe de apenas 50 pessoas, a plataforma enfrenta dificuldades em lidar com a grande quantidade de violações, enquanto continua a crescer em popularidade e impacto global.
Créditos: Naver