Muita gente ruim por metro quadrado, é basicamente assim que eu defino Match VIP. Não existe um personagem dentro da trama que não cause desconforto, seja por pura maldade ou burrice. E eu incluo dentro dessas descrições até mesmo os protagonistas.

Somos apresentados a nossa protagonista feminina, Seo Hye-Seung (Kim Hee-Sun), ela é uma mulher inteligente, bonita e coloca a família acima de tudo. Porém parece que isso nunca é suficiente, afinal seu marido acaba traindo ela e pede o divórcio para poder casar com a amante. O que ele não esperava é que a sedutora advogada Jin Yoo-Hui (Jung Eugene), a outra, estava apenas usando ele para conseguir atingir objetivos pessoais. Começando então a saga de vingança da protagonista contra sua rival, que destruiu a vida que ela imaginava ser perfeita. No meio disso está a empresa de matchmaking Rex, que atende os indivíduos mais ricos da classe alta – incluindo Yoo-Hui e Nam-Sik. Quando Hye-Seung também se envolve, a guerra começa entre essas duas mulheres.

O dorama tinha uma proposta e tudo para ser perfeito, mas infelizmente não entregou nem metade do que prometia em sua sinopse. Como se não bastasse colocar todas as personagens mulheres como interesseiras e astutas, o enredo colocou aquela pitada de rivalidade feminina para fechar o pacote. Match VIP pesa a mão quando o assunto é vitimizar os personagens masculinos e demonizar as mulheres. Podemos notar isso quando o marido da protagonista parece ter a sua traição apagada, apenas pelo fato dele ter escolhido acabar com tudo ao tirar a sua própria vida.

Como se não bastasse, temos o protagonista masculino, Lee Hyung-Ju (Lee Hyun-Wook), um CEO podre de rico, divorciado e endeusado por onde pisa. O melhor pretendente da agência de casamentos REX, acaba tornando-se o alvo de absolutamente todas as personagens femininas da trama.

O pequeno detalhe que esqueceram de avisar é que o todo poderoso Hyung-Ju, na verdade só enxerga as mulheres como objetos sexuais. Pode? Claro que pode, afinal estamos falando de Match VIP, e é claro que isso não era um problema na serie, ele vários defeitos e mesmo assim foi endeusado como homem perfeito. 

Mas o que pode ter impressionado grande parte do público foi o investimento da Netflix na apresentação do gênero makjang para o mundo. E pra quem não sabe, makjang é um gênero de doramas dentro da Coreia. Ele é um termo coreano usado para definir séries super exageradas, com situações que jamais aconteceriam na realidade, quase uma novela mexicana.

E Match VIP é tudo isso, uma vingança regada de coisas aleatórias que fazem você se questionar: Porque ainda estou assistindo? E na realidade é exatamente isso o que faz ela ainda mais envolvente, afinal as situações são tão absurdas que você não consegue parar.

Esse drama é exatamente assim, o enredo é tão doido que faz você sentir vontade de assistir mais e mais. Porém o ritmo é lento e por vezes um pouco maçante, acredito que está longe de ser a melhor produção original coreana da Netflix, mas não é a pior, é algo para se assistir sem compromisso, mas já aviso que o final é pouco decepcionante.

A produção, atuações e direção de imagens são impecáveis. O tom mais sombrio, aliado com elementos mitológicos enriqueceram a execução da obra, porém somente isso não cativa sozinho. E eu prefiro nem comentar o final, que foi digno do melhor dos dois mundos quando falamos de absurdo, eu sinceramente tive uma crise de riso e pensei: Por que?

Aproveito para deixar um pequeno recado para a Netflix: “Amiga, não invista em uma segunda temporada deste drama, não vale a pena.”

4 thoughts on “CRÍTICA: Match VIP é igual a muita gente ruim por metro quadrado!”
  1. Obrigada, lavou minha alma essa resenha, que dorama ruim, que história absurda, que personagens sem sal, a advogada tinha tanta maquiagem para embranquecer a cara que parecia uma gueixa, o personagem principal tão rico e tão burro que vc se questiona como enriqueceu, tantos diálogos entre a protagonista e a rival assumindo às coisas que fez e em nenhum a protagonista pensou em gravar as conversas. O único personagem coerente era o professor que foi desprezado. Que final m…

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