Gênero: Drama, Romance | Episódios: 16 | Emissora: tvN e Netflix | Estreia: 20 de junho de 2020

SINOPSE

O drama conta a história de Moon Gang-tae (Kim Soo-hyun), um trabalhador comunitário de saúde em uma ala psiquiátrica que não tem tempo para o amor, e Ko Moon-young (Seo Ye-ji), uma autora de livros infantis de sucesso que nunca soube como é o amor. Depois de se conhecerem, os dois lentamente começam a curar as feridas emocionais um do outro. Conforme a história avança, a verdade por trás de seus passados ​​entrelaçados que os tem assombrado também é revelada.

Alerta de Spoiler: Caso você ainda não tenha assistido ao drama e odeia spoilers, é melhor parar a leitura por aqui e assistir aos 16 episódios antes!

 

RESENHA OPINATIVA

Talvez eu tenha demorado para entender a importância da história na minha vida por me identificar tanto e não conseguir enxergar.

Tudo bem não estar bem foi exatamente uma das obras de arte que a Netflix nos entregou este ano ao lado de Itaewon Class. É basicamente um drama para você cair em lágrimas e se divertir com alguns alívios cômicos, mas refletir no quão diferente nós seres humanos somos e como pode ser difícil inicialmente lidar com essas diferenças, mas com o tempo aprendemos.
Durante o percurso conhecemos vários personagens e as razões pelas quais alguns estão no hospital psiquiátrico. Uns por falta de amor dos pais, outros por problemas causados por bebidas ou outros vícios, alguns pelo desgaste que a própria vida nos dá, e outros por nascerem diferentes, como no caso do Sangtae, que nasceu com autismo. Seu irmão, Gangtae trabalha nesse hospital, na realidade em alguns flash’s descobrimos que sua mãe deu à luz a ele para que pudesse cuidar do irmão mais velho quando ela não estivesse mais nesse mundo, e não demora muito para isso acontecer, uma vez que ela é assassinada pela mulher da borboleta, esse inseto que faz Sangtae morrer de medo, já que ele estava com sua mãe no momento do assassinato.
Temos também Moonyoung, uma autora de livros infantis narcisista, que tudo, exatamente tudo que ela quer, ela precisa ter. E nesse desenrolar ela cria uma obsessão por Gangtae, mas convenhamos, quem não teria? Que homem lindo, apesar de reservado a ponto de guardar todos os problemas para si.
Muitos conflitos pessoais acontecem no decorrer dos 16 episódios. Mas existe também muita libertação para cada um dos personagens, até mesmo os secundários. E é realmente bonito enxergar esse desenvolvimento, mesmo que não de perto quanto com os personagens principais.
Um breve resumo: Moonyoung se muda para a mesma cidade que Gangtae, e resolve fazer oficinas no hospital em troca de poder passear com seu pai que está lá. Obviamente não era isso que ela queria de fato, e uma das únicas vezes em que ela se encontra com seu pai ele tem um surto e a confunde com a falecida esposa e tenta matá-la enforcada. Dentre esses conflitos, vemos o trio principal amadurecendo e jogando suas amarras fora, e a parte mais importante para isso acontece quando descobrimos que de fato a mãe de Moon não morreu e estava infiltrada no hospital, próxima a todos. Ela era uma megera, e continua sendo.
Irei parar de dar spoilers por aqui, e vou me dedicar a falar dos pontos altos, pois não consigo parar e pensar em baixos. O desenvolvimento dos personagens é visível, todos eles evoluem, seja para o bem ou não, até o momento em que se livram de suas amarras, ou melhor, máscaras.
Além disso temos inúmeras histórias interessantes, que me deixaria feliz em poder ter o livro físico em minhas mãos como o do menino zumbi, por exemplo. Todas as histórias escritas por Moon podem parecer sombrias, mas não existe uma que não seja realista e nos de um salto de verdade. As vezes penso que mais adultos que crianças se identificariam com as histórias, mas me lembro que a mente delas costuma absorver melhor que a nossa determinadas coisas.
Outro ponto forte é a trilha sonora, a fotografia que no início do dorama te entregam tons mais frios, tristes, e que permanecem apenas em ambientes que te entregam a sensação de não serem acolhedores. Com o passar dos episódios vemos mais cores, até mesmo no rosto dos personagens.
Um breve resumo sobre minha humilde opinião: vale e como vale a pena assistir. Tirei muitos pensamentos de lá, principalmente que sou dona do meu próprio nariz e que preciso deixar de ser sempre tão correta a ponto de cuidar apenas dos outros e não enxergar que preciso cuidar de mim e buscar minha felicidade. Nossa mente sempre em primeiro lugar.

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